Exposição colectiva “Labirinto da Memória”, UMa – 18 Out.2013/17 Nov.2013

Integrada nas actividades paralelas promovidas no âmbito do I Colóquio Internacional “(Des)Memória de desastre”, decorreu entre 18 de Outubro e 17 de Novembro de 2013, na sala dos Arcos, no edifício da Reitoria da Universidade da Madeira (Rua do Castanheiro, Funchal), a exposição colectiva “Labirinto da Memória”.

Mais informações sobre os trabalhos expostos aqui:

http://www.flickr.com/photos/zyberchema/collections/72157637006757024

http://www.labirintodememoria.arteportasabertas.com/

http://www4.uma.pt/dmd/?p=1161

Entre os trabalhos expostos, encontram-se os projectos de:

Sílvio Cró, “Desa(s)tres”

Des(a)stres1

Sílvio Cró, “Desa(s)tres”
(fot. Ziberchema)

Des(a)stres3

Sílvio Cró, “Desa(s)tres”
(fot. Ziberchema)

Des(a)stres4

Sílvio Cró, “Desa(s)tres”
(fot. Ziberchema)

SílvioCró_2

Sílvio Cró, “Desa(s)tres”
(fot. Martinho Mendes)

Trabalho de:
Silvio Cró
Título: “DESA(S)TRES”
t-shirt impressa

+ Info: http://www4.uma.pt/dmd/?p=453

http://www.labirintodememoria.arteportasabertas.com/

http://www.flickr.com/photos/zyberchema/sets/72157637116375745/with/10571831776/

::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

Martinho Mendes, “Cuidados de Verão”

Cuidados de Verão 1

Martinho Mendes, “Cuidados de Verão”

Cuidados de Verão 3

Martinho Mendes, “Cuidados de Verão”

Cuidados de Verão 2

Martinho Mendes, “Cuidados de Verão”

Trabalho de:
Martinho Mendes
“Cuidados de verão”
Materiais: ferro, madeira de choupo, cerâmica vidrada, neon, madeira carbonizada.
180x210x100 (aprox.)

Encontro de Martinho Mendes com alunos do 1º ciclo, em visita acompanhada à exposição “Labirinto da Memória”: https://www.facebook.com/photo.php?v=10200531960293288

+ Info em:

http://www.labirintodememoria.arteportasabertas.com/

http://www4.uma.pt/dmd/?p=1009

http://martinho-mendes.blogspot.com/

http://www.flickr.com/photos/zyberchema/10544566396/in/set-72157637063642575

::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

Marcos Milewski, “A fonte”

A Fonte1

Marcos Milewski, “A fonte”

A fonte3

Marcos Milewski, “A fonte”

A Fonte2

Marcos Milewski, “A fonte”

Trabalho de:
Marcos Milewski
“A fonte”
Mista. Rede de arame policromada, acrílico sobre contraplacado, moeda de um cêntimo de Euro.
147 x 60 x 120 cm.
2013

Nesta obra evoco e ligo uma serie de símbolos-metáforas que podem levar a inumeráveis leituras: o poço, o buraco, o esgoto aberto, a fonte, a criança, a moeda, etc. Será esta fonte uma fonte de esperança?
Este trabalho é um experimento pessoal que desenvolvo com materiais e técnicas que considero de grandes potencialidades: por uma parte, a modelagem da rede de arame e a cor associada, para acentuar o efeito volumétrico. Por outra parte, as anamorfoses como jogo de ilusão espacial.

+ Info :http://www4.uma.pt/dmd/?p=453
http://www.labirintodememoria.arteportasabertas.com/

Contactos de la Artista
http://marcos-milewski.pt.vg/
http://objetossimprescindibles.blogspot.com/
http://marcosmilewski-art.webnode.pt/
http://todasasfronteirasumjogo.blogspot/

Album em Flickr:
http://www.flickr.com/photos/zyberchema/sets/72157637061760485/with/10543836673/

http://www.flickr.com/photos/zyberchema/sets/72157637061760485/with/10543836673/

Kátia Sá, “Homenagem”

Homenagem1

Kátia Sá, “Homenagem”
(fot. Zyberchema)

Homenagem3

Kátia Sá, “Homenagem”
(fot. Zyberchema)

Homenagem2

Kátia Sá, “Homenagem”
(Fot. Zyberchema)

Trabalho de:

Katia Sa
“Homenagem”
Instalação

Proposta positiva, representando gestos de interajuda, manifestos na população madeirense implicada na aluvião de 20 de Fevereiro de 2010. Pretende enaltecer a capacidade Humana, de ação instintivamente altruísta, presente numa situação de tragédia coletiva.

Para mais informações consultar:
www.labirintodememoria.arteportasabertas.com

http://www4.uma.pt/dmd/?p=1042

Contactos da Artista
www.facebook.com/katia.sa.52

::::::::::::::::::::::::::::::::::

Hernando Urrutia, “DRM”

1

Hernando Urrutia, “DRM” (2013)

2

Hernando Urrutia, “DRM” (2013)

3

Hernando Urrutia, “DRM” (2013)

4

Hernando Urrutia, “DRM” (2013)

Trabalho de:

Hernado Urrutia

Titulo: DRM
Técnica: Instalação
Dimensões: (171 cm Alt x 169 cm Comp x 330 cm Prof )
Ano: 2013

“O “ DRM ” (Desconstrução e Reconstrução da Memória) é um Projeto que propõe uma reflexão sobre a Desconstrução da Memória e a Reconstrução da mesma, baseando-se nos desastres causados pela força da água (as inundações).

No processo de reflexão, um dos elementos de interesse do Projeto é mostrar as conexões existentes entre os diferentes elementos que existem na construção e a desconstrução, que termina por fragmentar-se e transladar-se de sítio, dando como resultado a desconstrução (separação dos elementos de construção).

É este o fio condutor de essa ligação que existe, a linha imaginaria que se torna visível ao espectador, (nas desconstruções), na reconstrução utilizo o som como meio de ligação a esses momentos dentro da nossa memória, criando uma sequência que conta uma história, partindo da toma das gravações em diferentes pontos da cidade. Os sons utilizados na instalação são fragmentos gravados e recompilados que representam o desastre do 20 de Fevereiro do 2010, e logo misturados numa só faixa de som, criando assim, uma nova história. Isto é o que leva o interesse a desenvolver uma proposta de reflexão estética.

É a necessidade de criar respostas estéticas onde a sua construção e desconstrução tem por base plasmar o ponto em movimento sobre um espaço determinado, para conectar a articulação existente nas diferentes relações e vinculações dos elementos.”

Para mais informações consultar o sítio de “Labirinto da Memoria”:
http://www.labirintodememoria.arteportasabertas.com/

+ Info de Hernando Urrutia:
http://hernando-urrutia.webnode.pt/
http://moreart.wix.com/hernando-urrutia
http://www.artistamundo.com/hernandomejia
https://myspace.com/m_he_me

Album no Flickr:
http://www.flickr.com/photos/zyberchema/sets/72157637026419044/with/10524576494/

http://www.flickr.com/photos/zyberchema/sets/72157637026419044/with/10524787753/

:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

Rigo 23 & Luís Tranquada, “Desgostos 2010″

Rigo 23 e Luís Tranquada,

Rigo 23 e Luís Tranquada, “Desgosto 2010″

Escultura social e video (6:19 minutos)

Em Agosto de 2010 um violento incêndio arrasou quase toda a vegetação da cordilheira central Ilha da Madeira e destruiu a casa do Campo de Educação Ambiental do Cabeço da Lenha. Com os escombros da casa, Rigo e um grupo de amigos criaram a escultura “Desgosto 2010″.
Luís Tranquada videogravou o dia de campanha de limpeza e a criação da escultura, que posteriormente editou na realização de um vídeo com 6:19 minutos de duração e colocou na net através do sítio YouTube.

+ Info de Rigo 23:

http://www.flickr.com/photos/zyberchema/10571452504/in/set-72157637115522805
www.facebook.com/pages/Rigo-23/138554102829939?fref=ts#

::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

Ana Marta, “Desculpe o incómodo / Sorry for any inconvenience”

ANAMARTA_MEMORIA201301

Ana Marta, “Desculpe o incómodo / Sorry for any inconvenience”

ANAMARTA_MEMORIA201302_2

Ana Marta, “Desculpe o incómodo / Sorry for any inconvenience”

ANAMARTA_MEMORIA201303

Ana Marta, “Desculpe o incómodo / Sorry for any inconvenience”

ANAMARTA_MEMORIA201305

Ana Marta, “Desculpe o incómodo / Sorry for any inconvenience”

Fotografia

Para mais informações consultar:

cargocollective.com/anamarta

www.labirintodememoria.arteportasabertas.com

::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

Andreia Nóbrega, “Re Nascer”

andreianobrega

Andreia Nóbrega, Re Nascer

.

Andreia Nóbrega

Título: “Re Nascer”, 2013
Caneta s/ papel
70×120 cm

Re nascer capacidade da força da natureza.

Contactos: www.facebook.com/andreia.nobrega.3914?fref=ts

Para mais informações consultar a página da exposição “Labirinto da Memoria”:
www.labirintodememoria.arteportasabertas.com  ou

http://www.flickr.com/photos/zyberchema/sets/72157636797621004/with/10485050014/

:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

Entre muitos outros trabalhos expostos, encontra-se o projecto individual de FILIPE SILVA, “verde, fogo, ação”:

10405681955_654d9d04ac_h

Filipe Silva, “verde, fogo, ação”, foto. Zyberchema

.

Nome: Filipe Silva

Título: “verde, fogo, ação”

Técnica: Instalação (pintura em acrílico sobre papel e fósforos)

Dimensões: 127×160

Data: Setembro de 2013

.

.

Memória Descritiva 

 “verde, fogo, ação”

Na infeliz continuação de incêndios decorridos na Região e em todo Portugal, este verão não foi exceção, mortalizando desta vez 8 bombeiros. A infeliz saga continua… florestas são rios de fogos, são parques infantis para incendiários sedentos de vingança, ou apenas para quem não a conserva!
Ao longo dos anos e na viragem do século, o que aconteceu cá na nossa ilha, foi que perdemos cerca de 30% do nosso “mar verde” dando lugar a habitações, entre elas, refúgios para quem peca (e para quem necessita?). Na minha opinião acho um exagero a grande atividade construtiva de edifícios, de caminhos, túneis etc.. É verdade que a nossa ilha vive á custa do Turismo, mas porque não apostar naquilo que rende? (Chega de cimento, de cimento já basta a petrificação daqueles que desprezam o verde Madeirense.)
Sim, deveríamos melhorar as nossas florestas, as nossas condições de acolhimento ao turista (residências ou espaços ao ar livre para que possam dormitar\repousar durante longas caminhadas), mais atividades rurais, mais iniciativas de arte no espaço da Natureza Mãe. Aliar ao nosso ponto forte, “turismo”, à cultura, e levá-la para o “mato”, obrigando a deslocar o madeirense e quem nos visita até às nossas lindas paisagens rurais!

- A minha presença nesta exposição tem um único objetivo: tentar despertar consciências através de “verde, fogo, ação”.
“verde, fogo, ação” explora o conceito de Instalação da arte, e  mostra o desaparecer\esquecer\roubar do\o “verde” das nossas paisagens, reaparecendo queimado á mercê da morte.
(“verde, fogo, ação”, reproduz o processo de destruição das nossas florestas.)
O rasgo produzido no papel de cenário, com forma de arbusto, descreve a situação atual da desvalorização das florestas, que para muitos é desconhecido o património rural da sua Pátria, o mesmo representa a mancha verde de folhagem de um conjunto de árvores. A mancha como a própria cor simboliza a esperança, o ar puro, a vivência do Homem no mundo, o habitat de aves e entre outros animais. Seguindo esse rasgo, mesmo abaixo, desenha-se em forma de longas e curtas pinceladas os troncos desse conjunto de árvores, troncos desnudos, mas não desnudos de frios de Inverno, desnudos por serem desprezados (por exibirem suas cabeleiras esverdeadas de vários tons, de chilreares que enchem ouvidos de paz, de folhas que caiem como nos caiem cabelos, de texturas que nos estampam os sentimentos, de ramos que alertam o descobrimento de novas vistas, de raízes vertiginosas que se agarram à terra com medo de desabar).
Esta peça vem simular um rapto do verde das árvores, reaparecendo queimado (metade dele em cinzas) e seus troncos, passam a ser desnudos e queimados como os próprios fósforos exemplificam.
A utilização dos fósforos na representação das árvores queimadas é uma mais-valia, porque a árvore (lenhosa) sendo fornecedora de madeira, é utilizada para fazer e construir muitos instrumentos, ou objetos da nossa necessidade, como por exemplo os “fósforos”. Estes, são instrumentos que provocam fogo, uma grande ironia, as próprias árvores fornecem matéria-prima para a sua própria morte. Mas os principais culpados somos nós, as árvores são seres vivos irracionais, e nós conseguimos ser menos racionais que elas, transforando sua matéria-prima em arma de homicídio.

- Porém, todos estes elementos criam uma encenação para que o fruidor\público em geral esteja mais atento à atividade rural, passando também a respeitar o nosso meio ambiente, porque ele é a principal causa do nosso viver!
As árvores são a colmeia do Oxigénio (O2) e nós a colmeia do Dióxido de Carbono (CO2).

http://www.flickr.com/photos/zyberchema/sets/72157636801857673/

http://www4.uma.pt/dmd/?p=993

:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

Entre muitos outros trabalhos expostos, encontra-se o projecto individual de Pedro Berenguer:

Pedro Berenguer, “O lugar onde habita(va) o silêncio”

EvangelinaSousa_PedroBerenguer3

Pedro Berenguer, “O lugar onde habita(va) o silêncio” (2013), fotog. de Evangelina Sousa

EvangelinaSousa_PedroBerenguer

Pedro Berenguer, “O lugar onde habita(va) o silêncio” (2013), fotog. de Evangelina Sousa

EvangelinaSousa_PedroBerenguer_2

Pedro Berenguer, “O lugar onde habita(va) o silêncio” (2013), fotog. de Evangelina Sousa

Data: 2013

Técnica: lápis de cor, acrílico, bordado, decalque e incisões sobre papel de aguarela

Dimensões: 11 folhas de papel de 57 x 76,5 cm

O acto de deambular/ passear/ percorrer promove a reorganização/ deslocação/ recontextualização (descontextualização?) do indivíduo. Este, quando assim o entender, pode parar ou abrandar o passo registando o que o rodeia.

O deambular (por vezes de teor interior), que está na origem deste processo de trabalho, passa, sem dúvida, pelo ato do colecionismo e pelo ver/ fixar/ reter/ estudar/ perverter a verdade do que é coleccionado.

“Faço colecções de memórias minhas. Quero dizer de coisas da minha memória. É a minha maneira de (me) organizar (n)o Mundo. [...]. Mas também faço as minhas colecções de memórias. Quero dizer que as invento. Que faço meu o que é alheio. Que torno dos outros o que me cabe. Que por vezes invento memórias de raiz. Ponho-as na minha vida a primeira vez como se sempre lhe tivessem pertencido ou pretendo escondê-las como se isso fosse possível – apagá-las. Afinal apenas as cubro, escondendo-as atrás de outras memórias…”

PINHARADA, João Lima. (1993). “Teoria Particular das Imagens” – Catálogo de Sofia Areal. Funchal: S.R.T.C.

Num alfabeto de imagens emprestadas a uma “tropicália” turística povoada por palmeiras, hibiscos ou pássaros de penas coloridas que se tornam montanha, a casa (des)enraizada apaga-se, dilui-se, desaparece entre o caseado e as feridas/incisões sobre o papel.

A essas imagens justapõem-se as da linguagem escrita, enquanto sistema de representação gráfica. A palavra escrita assume, aqui, seu espaço bidimensional de forma/conjunto de caracteres, retendo, no entanto, as suas instruções básicas de leitura e decifração (ou ocultação), acrescentando/ pervertendo o significado à/da imagem. A s palavras de Rilke, Paul Élouard, Piere Albert-Pirot, Adolphe Shedrow ou Tori Amos surgem, então, como figuras planas mas proporcionam a criação de um outro tipo de imagem de que me aproprio – a  imagem enquanto recurso estilístico da/ na palavra escrita/ falada/ cantada.

Repetem-se as memórias sobre o papel na geometria da parede arqueada. Repetem-se também imagens/ícones em aproximações ou abstracções (pela silhueta e/ou sobreposição) – as asas, o arranjo floral, a casa, o caseado, a linha presentificada, as feridas/incisões – que ganham/perdem complexidade e definição, elucidando e acrescentado novos contextos de conotação. Na sua Poética do Espaço, Gaston Bachelard estabelece contrastes absolutos entre a imensa vastidão da intempérie e o universo fechado da casa/ do ninho/ da concha. Frente à intempérie que é a exterioridade plena, a casa seria central de intimidade. Face à desorientadora confusão, a casa é sempre espaço compreensível. Perante a horizontalidade interminável do espaço amorfo da intempérie, a casa é território vertical e concêntrico.

É, então, esta coleção de memórias, pessoais, emprestadas, (des)ocultadas, ensaiadas, justapostas, multiplicadas sobre o abismo trazido pela intempérie ao lugar onde habita(va) o silêncio.

Mais info. sobre Pedro Berenguer: http://www4.uma.pt/dmd/?p=941&preview=true&preview_id=941&preview_nonce=ff0e380c64&post_format=standard